sábado, 26 de outubro de 2013

Mudanças Climáticas: É Possível Negar?

Divulgamos hoje a palestra que proferi no início de Outubro/2013, na Câmara Municipal de Fortaleza.

A palestra, intitulada "Mudanças Climáticas: É Possível Negar?" já incorpora alguns dos resultados mais recentes divulgados pelo IPCC, em seu 5º Relatório. Ela se seguiu a uma apresentação feita pelo negacionista-mor brasileiro, Luís Carlos Molion, que algumas semanas antes havia desfilado toda a sua impostura intelectual...

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Entrevista concedida ao Jornal "O Estado"

Caso as emissões de GEE continuem crescendo às atuais taxas ao longo dos próximos anos, a temperatura do planeta poderá aumentar até 4,8 graus Celsius neste século. O alerta foi feito pelos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), que divulgaram no dia 27 de setembro, em Estocolmo, na Suécia, a primeira parte de seu quinto relatório de avaliação (AR5). Com base na revisão de milhares de pesquisas realizadas nos últimos cinco anos, o documento apresenta as bases científicas da mudança climática global.
E para falar sobre este assunto, o Estado Verde conversou com o físico cearense, Alexandre Costa, integrante do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). Segundo o professor, a marca do aquecimento global e das mudanças climáticas, especialmente, na região Nordeste, é absolutamente clara. No entanto, por aqui, ainda chegamos ao absurdo de manter no Complexo do Pecém, uma termelétrica a carvão, a fonte mais suja de energia que existe, consumindo 800 litros de água doce por segundo (suficiente para abastecer uma cidade de meio milhão de pessoas), com 50% de abatimento no preço, enquanto o Sertão sofre com a seca severa.

sábado, 19 de outubro de 2013

"RCP2.6, o Paraíso Proibido" ou "O Parágrafo que os Governos da Arábia Saudita, China e Brasil quiseram retirar do relatório do IPCC"

"Limitar o aquecimento causado pelas emissões antrópicas de CO2 com uma probabilidade de >33%, >50%, e  >66% a menos de 2°C desde o período 1861-1880, requererá que as emissões de CO2 de todas as fontes antrópicas permaneçam entre 0 e 1560 GtC (bilhões de toneladas de carbono), 0 e cerca de 1210 GtC e entre 0 e cerca de 1000 GtC desde esse período, respectivamente. Esses limites superiores se reduzem a cerca de 880 GtC, 840 GtC e 800 GtC respectivamente, quando se consideram todas as forçantes além do CO2 no RCP2.6. Um total de 531 [446 a 616] GtC já foram emitidas até 2011."

Este é o tal parágrafo mencionado no título. Alguns países (Arábia Saudita, Brasil e China) tentaram se opor a ele, mas os cientistas não cederam. Porém, mesmo compondo o "Sumário para Formuladores de Políticas" e portanto supostamente acessível à leitura por leigos, o mesmo pode ser obscuro a quem não for familiar com a ciência climática. Mas tentarei esclarecer o seu significado e porque certos governos, o brasileiro inclusive, tentaram deixá-lo de fora das páginas desse documento, que se propõe a representar o que há de mais avançado no conhecimento sobre clima.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

O Novo Relatório Climático do IPCC (do site realclimate.org, tradução: Alexandre Lacerda)

Nosso blog traz uma publicação especialíssima! É a tradução, por meu amigo Alexandre Lacerda, desta publicação sobre o novo relatório do IPCC, cuja fonte é o excelente site realclimate.org, que conta com contribuições de cientistas de verdade como Gavin Schmidt, Michael Mann (a quem tenho o prazer de conhecer pessoalmente e que foi condecorado com a comenda Hans Oescheger pela European Geosciences Union (EGU), em Viena, em 2012) Raymond Bradley e outros. Espero que apreciem a leitura!

As Mentiras que os Negadores Contam - Parte 2

Na publicação anterior neste blog, iniciei uma analogia entre uma crônica divertida de Luis Fernando Verissimo ("O Que Dizer"), publicada em "As Mentiras que os Homens Contam".

Uma das respostas da crônica à evidente e incômoda presença de um buraco é "São as obras do novo aeroporto, e não faça mais perguntas" e esta chega a, só que não no nível da anterior ("Que buraco?"), a negar o fato. Reconhece-se que existe algo, mas inventa-se que é outra coisa.

Copo "meio cheio" não salva uma casa em chamas

Alok Sharma, presidente da COP26, teve de conter as lágrimas no anúncio do texto final da Conferência, com recuo em tópicos essenciais "...

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